Vencendo
minhas incertezas, vou vivendo o passar dos dias, enfrentando os desafios,
galgando degrau por degrau, me adaptando nessa nova vida de aposentada. Liberta
de horários, tensões do dia a dia, no atendimento de alunos, três turnos de
trabalho, sem tempo para o lazer, pouco tempo para relaxar, nada para passear e
viajar. Encontro-me numa nova etapa da vida, longe da família, por opção
própria, num cantinho do litoral catarinense, comunicando-me diariamente com os
familiares, sentindo às vezes muita saudade. Recebo nos feriadões a visita dos
filhos ( três) , intercalados. Muitos medos e traumas adquiridos através da
caminhada, ansiedade, e outros tantos enfrentamentos, deixaram dentro de mim, a
angústia de, sozinha ( fiquei viúva há sete anos), enfrentar os difíceis
caminhos de mãe e pai de família.
Neste
período, não deixei de fazer o que sempre curti, ler e escrever, quando a
nostalgia chega, saio, não fico dentro de casa. Vou observar o mar e receber
suas energias. Lentamente venci muitos problemas, hoje dirijo em dias de chuva,
ao anoitecer, com exceções ainda, a noite. Sempre dirigi , mas longas
distâncias, esposo ou filhos dirigiam. Eu, fui me acomodando. Mas, hoje, feliz,
agradeço a Deus, que atendeu minhas preces, tornando-me mais segura, como
antes. Faço todas as atividades da casa, vou ao comércio, enfrento distâncias (
meio curtas) , adaptei-me ao uso da internet para muitos serviços, como
pagamentos online, débito em conta, aliviando-me assim de atividades cansativas
, como filas em bancos. Como professora aposentada, administro bem minhas economias
e vivo bem , dentro do meu nível de vida.
Creio
que hoje, nesta crônica, lavei minha alma, escrevendo minhas memórias,
sucintamente, como faço em meu costumeiro diário, desde criança. Assim ,
desenvolvi o gosto por escrever e aperfeiçoei meu Português, considerando que
fui Professora de Matemática e Química.
Estou
aqui, o hoje e agora, Deus comigo.
(luizameninmanfredi)