Maria vestida de noiva. Eram os idos
do ano de 1962. Mês de fevereiro, quente. Família toda reunida para o enlace
matrimonial da primeira filha, de uma dezena. Todos os preparativos prontos,
missa solene, confraternização. Chega a notícia de que um dos três tios
paternos, falecera na cidade de Curitiba e chamava o Pai da noiva, para
recebê-lo, para os funerais que seriam na cidade. Estava adoentado, mas jovem nos seus 48 anos.
Disse que viria para o casamento da sobrinha que adorava. E veio, em carro
fúnebre. Realizou-se o velório e o
sepultamento, em clima de muita tristeza.
Na mesma igreja onde, três horas depois, aconteceu o casamento. Centenas
de convidados, vindos de diversas regiões, não tinha mais como adiar a
cerimônia. O pai da noiva teve ameaça de infarto, deu a volta por cima e
conseguiu ser um anfitrião especial, mesmo com a alma partida. Para Maria, a data ficou marcada, nunca mais
comemorou festivamente a data. Esta é uma história real.
( lumah) ( luizammanfredi)
Editado e publicado no Recanto das Letras
aos 30/09/2016
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