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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Marcha à ré ... lembranças da infância.

 Nas férias escolares, do antigo primário -estudava em Escola de freiras, particular, naqueles tempos nem tinha da Rede Estadual em pequenos municípios-   costumava acompanhar meu Pai em suas viagens de venda de máquinas e utensílios, dentro do Estado, até a divisa da Argentina.  O carro, era um jeep.  Com carroceria feita de aço, pelo próprio Pai, que disso também entendia e se defendia. Solda à oxigênio, que quando podia, o auxiliava.
      Numa dessas viagens, onde duzentos quilômetros, durava um dia inteiro, as estradas de chão batido, muitas vezes esburacadas, pois era no interior que se vendia, ocorreu um fato que marcou-me.  Papai me deixou no carro, para fazer uma venda em frente, pediu-me para não mexer em nada, principalmente no câmbio.  Mas, ávida por aprender, passo a mão na alavanca , fica em ponto morto, soube depois....  o jeep , que estava numa ladeira,  começa a descida rua abaixo. Aos berros, assustada, chamo a atenção de um policial que, subiu no estribo, e , experiente , travou o carro mexendo no câmbio e freio. Com o carro em movimento, arriscou-se também.   Papai, percebeu e chegou preocupado. Ao ver que tudo tinha se passado sem que nada de mal ocorresse, riu da minha façanha, que  serviu-me de lição para não mexer onde não sabia dominar.... mas, ao contrário, incentivou-me a descobrir mais do domínio de um carro.
      Dessas viagens , muito tenho ainda a contar.  Bons tempos de minha infância... De dez filhos, era a mais velha, os filhos homens, chegaram após quatro filhas mulheres, então, coube a mim, auxiliar Papai em seu trabalho.
      Muitas lembranças boas, aprendizagem de vida que fizeram parte de minha jornada.




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